quarta-feira, 15 de maio de 2013

A dor de não pertencer


ENCONTRO DE MAIO

A dor de não pertencer


O “CAMPO” congregou nesse último encontro, natural e organicamente, talvez a maior dor humana: a dor de não pertencer.
Iniciamos o trabalho, sincronicamente, com uma Meditação cujo foco foi concretizar a presença andando, e sentindo a cada passo nossa pertinência a um corpo físico, a estar aqui, a estar na Terra, a fazer a diferença com nossa presença.

Na roda já se insinuou em várias pessoas presentes um sentimento de “não ter um lugar”, “de sentir-se fora”, de “não pertencer”, “de não sentir-se vinculado”.
Nos trabalhos, passo a passo, incluindo os excluídos (os mortos sem reconhecer, as perdas da orfandade) e honrando seus destinos, foi se tricotando as redes da força da inclusão, da união e da paz interna.
Os campos familiares relaxaram a tensão dos emaranhados da separatividade, onde a regra “salve-se quem puder” deu lugar ao novo passo de libertação “juntos salvamos a força da vida para todos”. Somos Um.

Bendito domingo de Dias das Mães...


Apesar de ser uma data criada comercialmente (na minha terra é em outubro), é um teste de confronto com a nossa "maternidade". Passar bem os dias das mães é um bom desafio para nossa consciência feminina para aquelas mulheres que tem ainda suas mães vivas; para aquelas que já não têm elas aqui; para aquelas que não têm filhos (nem humanos, nem animais); para aquelas que têm filhos não humanos; para as que têm filhos e para as que como eu tenho a sorte ainda de ter mãe e filhos, humanos e animais.

Independentemente da condição de maternidade, algo temos as mulheres em comum nessa data. Talvez seja a pergunta essencial e profunda de nosso psiquismo: Como anda nossa auto-maternidade? Como estamos cuidando de nós? De nossas crianças internas? Como manifestamos cotidianamente o amor por nós mesmos com um “egoísmo salutar” (AMA AO PRÓXIMO COMO A TI).

A maternidade, nos demanda, concretamente, uma boa dose de altruísmo... Não é um altruísmo pontual, transitório. É permanente até que nossas crias e-ou criações não precisem mais de desenvolvimento. Elas são do mundo e nossa realização é que estejam no mundo. Para harmonizar-se com esse tipo de altruísmo, e esse é acredito o maior desafio, nossa doses de egoísmo salutar necessita ser bem cuidada. Os mimos a nossa criança interna podem e devem ser cotidianos para manter nossa alegria no propósito, e entregar-se não só a doar amor, também a recebê-lo de nossa parte que “cuida” dos outros.

Estou aprendendo isso um pouco tardiamente com a minha mãe de 90 anos!